quarta-feira, setembro 30

O homem que nega a História

Para Ahmadinejad, apesar das provas, execução de judeus é mito

O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad provocou ontem indignação mundial ao dizer, mais uma vez, que o Holocausto em que morreram 6 milhões de judeus na Segunda Grande Guerra é um mito, uma mentira criada para justificar a criação do Estado de Israel.

Ahmadinejad exortou a população de seu país a confrontar Israel, "uma obrigação nacional e religiosa de todo os muçulmanos".

A declaração foi feita no dia em que o Irã marca o "Dia de Jerusalém", marcha anual em apoio aos palestinos. Este ano, o dia serviu de pretexto para que milhares de iranianos fossem às ruas, mas para protestar contra o próprio Ahmadinejad.

– O pretexto do Holocausto para a criação do regime sionista é falso. Uma mentira baseada numa alegação mítica e não provada – disse o presidente na Universidade de Teerã.

Desde que chegou ao poder pela primeira vez, Ahmadinejad provocou contra si a condenação internacional por dizer que o Holocausto é uma mentira e que Israel é um "tumor" no Oriente Médio.

Seu governo chegou a realizar uma conferência em 2006 para questionar o fato de os nazistas liderados por Hitler terem usado campos de concentração e câmaras de gás para matar 6 milhões de judeus na Segunda Guerra (1939/1945) – fato comprovado por farta documentação.

Um insulto repugnante, diz ministro britânico

Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha criticaram as declarações do presidente iraniano. O ministro britânico de Relações Exteriores, David Miliband, classificou a declaração de "repugnante'' e "ignorante''.

– A comunidade internacional deve se levantar contra esta onda de insultos – disse o ministro.

Os críticos de Ahmadinejad dentro do Irã dizem que seus discursos isolam o país. Suas novas declarações devem prejudicar a posição iraniana nas negociações com a comunidade internacional em relação ao programa nuclear, pois não combinam com a alegação de que o programa é para fins pacíficos de produção de energia.

Diário Catarinense em 19-set-2009

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