Quantas vezes um neonazi precisa tentar matar?

Câmeras da Trensurb não registram suposto ataque neonazista, em Porto Alegre

Equipamentos não estavam direcionados para o local em que segurança foi atacado

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As câmeras de segurança instaladas na Estação Mercado, da Trensurb, em Porto Alegre, não registraram o suposto ataque neonazista a um segurança negro da empresa, na noite passada. O equipamento não está direcionado para o ponto em que ocorreu a agressão.

Os dois suspeitos presos, em depoimento, negaram o crime, mas o delegado que investiga o caso garante ter provas de que ambos atacaram o segurança com facas e um martelo. A dupla foi encaminhada ao Presídio Central e indiciada por racismo, tentativa de homicídio e formação de quadrilha.

Um dos presos é Laureano Vieira Toscani, 24 anos, acusado de tentativa de homicído contra três judeus, em 2005, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Ele afirmou ter recebido proteção do grupo criminoso PCC, quando esteve preso em São Paulo. Jardim disse que não há provas da relação. Testemunhas relataram à polícia que Toscani havia emprestado a arma que acabou sendo utilizada no assassinato de um casal neonazista no Paraná, em abril deste ano, depois de desentendimento dentro do grupo.
 
Outros dois acusados de participar do ataque da noite passada conseguiram fugir, mas já foram identificados, garante o delegado. Também foi preso pela Polícia Daniel Oliveira, de 21 anos. O inquérito vai ser encaminhado ao Judiciário, em dez dias. O segurança da Trensurb passa bem, mas vai ficar afastado das funções por tempo ainda não definido pela direção da empresa.

Fonte: Samuel Vettori/Rádio Guaíba