O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quarta-feira, durante cerimônia em memória às vítimas do Holocausto, no Recife, ter falado ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que é impossível negar o massacre de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Ahmadinejad visitou o Brasil em novembro do ano passado para assinar convênios com o Brasil. A visita do presidente iraniano - que nega o Holocausto e já disse que Israel deveria ser "varrido do mapa" - enfrentou protestos no País.
"Mostrei ao presidente do Irã que é impossível negar o Holocausto, que 60 milhões de vidas foram perdidas na Segunda Guerra Mundial em combates, em enfrentamentos de parte a parte. Mas que os 6 milhões de judeus não foram mortos em combates, foram exterminados", disse Lula na sinagoga Kahal Zur Israel.
Ao encerrar, o presidente do Brasil disse esperar o dia em que Israel e a Palestina vivam em paz e que o tempo dos conflitos passe para os livros de história. "Em março próximo, terei a honra de visitar mais uma vez Israel, a Palestina e a Jordânia. E mais uma vez, em nome do povo brasileiro, levarei até lá nossa mensagem de tolerância e de paz, nossa convicção em defesa do diálogo comum", disse.
Durante a liturgia, foram acesas seis velas, uma para cada milhão de judeus mortos pelo terror nazista. Esta é a quinta vez que Lula participa da cerimônia no dia 27 de janeiro, data instituída pela ONU como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, em homenagem ao dia em que as tropas soviéticas libertaram os presos no campo de extermínio de Auschwitz.
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