sexta-feira, janeiro 15

Sobrevivente de Sobibor testemunha no julgamento de Demjanjuk

Quando Thmas Toivi Blatt (foto de novembro de 2009) foi prisioneiro no campo de extermínio de Sobibor ele foi alocado para a separação de roupas e documentos enquanto os outros judeus eram incinerados.

FILE - This Nov. 30, 2009 file photo shows Thomas Blatt, one of the joint plaintiffs during the Demjanjuk trial as he talks to the media outside the country court building in Munich, southern Germany, prior to the first Demjanjuk trial day. When Thomas Toivi Blatt was a prisoner at Sobibor, assigned to sort clothes and destroy documents of fellow Jews after their corpses were incinerated, it was said that the only way out of the death camp would be "with the smoke, traveling with the wind." But Blatt made it out alive in a mass escape, and 66 years later he is heading to Munich to testify at the trial of John Demjanjuk, the retired Ohio autoworker who is charged with being a Ukrainian guard at Sobibor and an accessory to the murder of 27,900 people killed there. (AP Photo/Matthias Schrader)

Blatt participou da fuga  em massa de Sobibor e sobreviveu. 66 anos depois vai para Munique para testemunhar no julgamento de John Demjanjuk, guarda ucraniano em Sobibor acusado de auxílio ao assassinato de 27.900 pessoas.

Demanjuk insiste na sua inocência e Blatt não disse se pode indentificá-lo, mas vai poder contar em tribunal a história que assombrou sua vida desde que seus pais e irmão foram mortos a gás quando a família chegou ao campo na Polônia ocupada em 1943.

Vive em Santa Barbara na Califórnia e tem três lojas de produtos eletrônicos. "Eu nunca escapei de Sobibor. Eu ainda estou lá em meus sonhos, em tudo", dia Blatt aos 82 anos. Blatt escreveu livros sobre o Holocausto.

Blatt não foi testemunha quando Demjanjuk foi julgado e condenado em Israel como sendo "Ivã o Terrível" e Treblinka, o terceiro dos campos de extermínio na Polônia. A Suprema Corte de Israel anulou o julgamento alegando que havia evidências de que outra pessoa e não Demjanjuk era "Ivã".

"Os guarda participavam da matança. Eles eram cúmplices," disse Blatt. "Os nazistas não teriam sido capazes de fazer nada sem os guardas," eram 100 150 ucranianos.

Blatt passou 6 meses em Sobibor, no grupo de trabalho "zonderkomando". O tempo máximo de vida de um judeu ao chegar no trem em Sobibor, Treblinka e Blezec era de duas horas. DOs cerca de 500 prisioneiros que escaparam na fuga de Sobibor, apenas 66 sobreviveram a guerra.

Blatt disse que o líder da revolta, oficial soviético prisioneiro de guerra judeu, Sasha Pechersky, pediu a eles antes do início da revolta que qualquer um que sobrevivesse deveria contar ao mundo o que tinha acontecido lá. "E é o que estou fazendo."


Um comentário:

  1. eu assisti ao filme fuga de sobibor e fiquei muito comovido com a história, gostaria de saber mais deste bravos sobreviventes de sobibor, nunca imaginaria que existisse tamanho massacre. Parabéns a voces que divulgar esse tipo de material.

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