quinta-feira, janeiro 21

O Iraque quer de volta seu arquivo sobre os judeus

Gente: atenção. É uma sequência de ações que só pode ser coordenada. Nova "descoberta" de não-escravos construtores de pirâmides no Egito, Jordânia quer que países onde os papiros do Mar Morto estejam expostos se apropriem deles e mandem para o Rei e agora o governo iraquiano quer que os EUA devolvam os arquivos sobre judeus da polícia secreta de Saddam. Tem coisa aí! Não é mera coincidência.

O tal Arquivo Judaico Iraquiano é composto por livros, manuscritos, gravações, documentos e registros diversos coletados pela polícia secreta de Saddam Hussein. Depois de guerra e a deposição do ditador que mantinha não só meus mísseis apontados para Israel (atirou vários) como mantinha em constante treinamento o Exército de Jerusalém que marcharia até la´e libertaria a cidade, o conjunto do arquivo foi encontrado em 2003 durante uma operação de busca pro armas, em meio ao esgoto no porão do prédio da polícia secreta e levado para Washington.

Perto do arquivo, havia uma bomba de uma tonelada usada para atacar o quartel que não explodiu...

O governo iraquiano insiste na devolução de tudo após 7 anos sem demonstrar nenhum interesse. Nas melhores estimativas há no Iraque 10 judeus, número bem mais relevante que o único que ainda vive no Afeganistão, sem problemas com os talibans, diga-se de passagem - ele toma conta da única sinagoga de Kabul, também deixada intocada não só pelos muçulmanos do país como pelos talibans quando controlaram o país.

Os motivos iraquianos parecem ser coerentes, mas como acreditar. Eles dizem querer recompor sua memória e mostrar ao povo que outros povos e religiões conviveram por lá ao longo do tempo.

Richard Gonzales, oficial que comandava o grupo que estava lá disse que foi muito ruim passar por ali com esgoto na altura do peito.

Entre o material estão fotos, artigos religiosos, caixas de rolos de Torah, um livro religioso judaico publicado em 1568, 50 exemplares de livro de alfabetização infantil em hebraico e árabe, livros muito antigos impressos em Bagdá, Varsóvia e Veneza. A herança perdida de uma comunidade judaica do Oriente Médio que data do século 6 ANTES DE CRISTO.

A minha opinião é divergente. Meu lado historiador diz para não devolver nada e manter o material nos EUA, criar um museu em torno dele e divulgar. Mas meu lado historiador fica imaginando o que levou Saddam e os que vieram antes dele a manter este material e simplesmente não jogar nas fogueiras como os nazistas fizeram. A turma do Saddam matava presos políticos e religiosos amarrando suas mãos a colocando uma granada ou petardo de demolição militar aceso no bolso da camisa vendo, filmando e divulgando este filmes as pessoas correrem desesperadas até a bomba explodir. Essa gente preservou a cultura judaica local. Devemos agradecer a eles?

Abs,
Roitberg

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