sexta-feira, janeiro 29

Parlamento de Portugal aprova Dia de Memória do Holocausto

A Assembleia da República aprovou por unanimidade a instituição do dia 27 de Janeiro como o Dia de Memória do Holocausto para «não deixar esquecer uma tragédia sem dimensão» e «a opressão contra os judeus e as minorias».

A iniciativa, subscrita por todos os partidos com representação parlamentar, mereceu também o apoio do Governo, pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão.

Lacão apontou o Holocausto como um acontecimento da História contemporânea que merece «um convicto e determinado nunca mais».

«Recordar o Holocausto é algo a que as sociedades actuais não se podem furtar», para que não se esqueçam os «fenómenos de intolerância, racismo, homofobia e xenofobia» que «recrudescem em vários pontos do mundo», afirmou o ministro dos Assuntos Parlamentares.

«A luta da liberdade contra a tirania é também a luta da memória contra o esquecimento», referiu.

O deputado do CDS-PP João Rebelo salientou a «tragédia sem dimensão» do Holocausto e manifestou o desejo de que os campos de concentração nazis «não possam encontrar o esquecimento da História».

Pelo PS, a deputada Rosas Albernaz apontou este acontecimento como «um período de trevas» que «atingiu as dimensões da loucura» e defendeu que a consagração deste dia «honra os princípios humanistas e progressistas em que se fundou o Portugal democrático».

Já Luís Campos Ferreira, do PSD, disse que este Dia de Memória do Holocausto é um «combate ao branqueamento e ao silêncio» e «um grito intemporal» para que a História não se repita.

O BE considerou o Holocausto «uma vergonha para a condição humana» e o «grotesco resultado das teses segundo as quais há pessoas supérfluas».

«O direito a ter direitos é a expressão da dignidade intrínseca de todos e de todas, independentemente da raça, do sexo, da orientação política, da religião», afirmou o líder parlamentar José Manuel Pureza.

O deputado do PEV José Luís Ferreira sublinhou que os partidos devem ter um papel de «responsabilidade de estarem atentos aos fenómenos do racismo e da xenofobia».

Finalmente, o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, criticou «as atrocidades do nazi-fascismo» na «opressão contra o povo judeu e as minorias».

http://diario.iol.pt/sociedade/parlamento-memoria-holocausto-tvi24-ultimas-noticias/1135135-4071.html

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